sábado, 5 de maio de 2012

Características da Filosofia Moderna


Etapa 3 – ED04 – D25-5_ED04_LI – 10/04/12 a 04/05/12



Filosofia moderna é aquela que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII e XVIII, tendo seu início no Renascimento e se estendendo até Emanuel Kant.

Esta filosofia possui algumas características que são consequências da perda de contato com as grandes sínteses surgidas no século XIII, sendo as principais as seguintes:

1. Individualismo: quer dizer, a tendência a descuidar da tradição para acentuar o caráter pessoal do próprio pensamento. A filosofia medieval, caída em descrédito, é comumente ignorada ou conhecida superficialmente. Os novos filósofos não creem que valha a pena obter conhecimentos profundos acerca de uma doutrina que todos consideram superada. Daqui a tendência a construir cada um uma síntese total desde os fundamentos, e daqui também a multiplicidade de sistemas, aliás, contraditórios entre si. A atitude de Descartes, como a de Bacon e a de Kant, é a de começar desde o princípio, refazer o todo, ser iniciadores. Nasce desta maneira uma alteração do conceito de verdade filosófica que se contamina com o de

2. Originalidade: contaminação não declarada, mas real. Concebe-se a originalidade mais como novidade que como 're-pensamento', penetração e desenvolvimento progressivo de um núcleo já discutido e aceito. A filosofia tende, deste modo, a apresentar-se como uma revelação, uma manifestação da individualidade de cada filósofo, fracionando-se nas várias 'visões de mundo', condicionadas pela capacidade engenhosa de cada personagem e de cada nacionalidade. Parece que se perde o conceito mesmo de verdade e de filosofia como patrimônio necessariamente universal e susceptível, portanto, de graduais aperfeiçoamentos, para transformá-lo no conceito artístico de criação original. A originalidade da filosofia traz consigo outro caráter a mais

3. A liberdade de procedimento: não somente no sentido de independência da doutrina revelada, mas também no sentido de falta de preocupação demonstrativa; as obras filosóficas dos tempos modernos têm uma forma expositiva e, frequentemente, mais que demonstrar, sugerem; mais que persuadir, sugestionam. Isto vai ligado, em parte, também, com o abandono da forma silogística e em geral com o descuido dos procedimentos formais: a escolástica decadente havia abusado deles, a filosofia moderna não os usa.

Outros distintivos da filosofia moderna são a crescente tendência a fazer da razão não somente o tribunal supremo, mas também a característica peculiar do homem; sua separação completa da teologia, sendo-lhe muitas vezes até mesmo hostil; o abandono da língua latina, substituída pelas línguas vulgares; a multiplicação dos centros de cultura devido a quebra da unidade doutrinária: a cismundanidade, ou seja, o objeto de estudo passa a ser preponderantemente o mundo de cá, dos homens, abandonando quase por completo a transmundanidade tão presente na filosofia realista; daí, a atenção voltada primordialmente para a Natureza, levando deste modo ao triunfo do ponto de vista do quantitativo e do mensurável.

De tudo isso, pode-se inferir que o significado, a validade das diversas sínteses da filosofia moderna não está na sua integridade de síntese, mas somente naquelas doutrinas parciais e naqueles aspectos também parciais que constituem, de fato, não um abandono, mas um estudo mais profundo e um desenvolvimento de elementos que podem enriquecer as grandes linhas da síntese filosófica realista, objetiva, verdadeira.



Um comentário:

  1. A filosofia moderna representa para muitos o começo de uma autentica busca pelo saber. Crítica por natureza, esta nova etapa da epopéia espiritual do ocidente é central para sua compreensão. Os séculos XVII e XVIII apresentam os mais importantes pensadores modernos.
    A filosofia da idade moderna nasceu graças aos trabalhos dos protagonistas do renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV entre eles Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Emanuel Kant nos séculos seguintes e tem entre suas características: o Racionalismo.
    A filosofia moderna propriamente falando iniciou-se com a teoria do conhecimento do René Descartes. Conhecido como pai da filosofia moderna, parece que ele levou muito a sério as palavras do Leonardo Da Vinci que diz "Quem pouca pensa, muito erra."

    Fonte:
    http://www.sobresites.com/filosofia/
    http://www.webartigos.com/artigos/039-039-filosofia-moderna-039-039/26628/

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